terça-feira, 21 de julho de 2009

Fantástico 35 anos - O Globo (2008)


Reportagem de Paulo Senna no jornal O Globo sobre os 35 anos do Fantástico - 2008
Fantástico - O Show da Vida

"Olhe bem, preste atenção, / Nada na mão, nesta também/ Nós temos mágicas para fazer/ Assim a vida ali pra ver... Milhares de sonhos/ Só para sonhar/ Miragens que não se pode contar.../ Numa fração/ De um segundo/ Qualquer emoção/ Agita o mundo/ Riso, criado por quem é mestre/ Sexo, sem ele o mundo não cresce/ Guerra, pra matar e morrer/ Amor, que ensina a viver/ Nãnãnã... Nãnãnã... Nãnãnã.../ Foguete no espaço/ Rumo ao infinito/ Provando que tudo/ Não passa de um mito/ É Fantástico/ Da idade da pedra/ Ao homem de plástico/ O Show da Vida/ É Fantástico!".


Há 35 anos (1973), o telespectador se acostumou a ouvir todos os domingos, às 20h, pela Rede Globo, a essa música que serviu de abertura para o programa de estréia do "Fantástico - O show da vida". Hoje, ele já faz parte da rotina de vários de brasileiros, tanto que passou a ser chamado simplesmente de "Fantástico". O novelista Manoel Carlos, atual autor de novelas de sucesso da Globo, dirigiu o programa na sua fase inicial, acompanhado pelo diretor geral Augusto César Vanucci e apresentado por Cid Moreira e Sérgio Chapelin. O “show da vida” entrava no ar para mudar as noites de domingo. Sempre apresentando jornalismo, show, reportagem, humor, música, esporte, denúncia e diversão. Era tudo muito novo para a TV da época e também foi uma saída da emissora para o impasse das noites de domingo, quando era exibido o fraco programa “Só o amor constrói”. Este perdia em audiência para o “Programa Flávio Cavalcanti“, da TV Tupi.


A música de abertura, do então, diretor superintendente da Globo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, anunciava a mudança que estava por vir e que até hoje se mantém no ar até hoje. Em seguida entravam os bailarinos vestidos em estilo extravagante, meio ciganos, com adereços na cabeça, tudo com design de Hans Donner. No primeiro domingo, esteve no programa a atriz Sandra Bréa prestando uma homenagem a Marilyn Monroe, onze anos depois da morte da estrela de Hollywood; esquetes de Chico Anysio e Raul Solnado uma reportagem exclusiva com o jogador Tostão. Tudo sendo exibido em preto-e-branco, somente um ano depois da estréia, passou a ser exibido a cores. Em seu comando já estiveram Cid Moreira, Sérgio Chapelin, William Bonner, Valéria Monteiro, Dóris Giesse, Celso Freitas, Carolina Ferraz, Fátima Bernardes, Sandra Annenberg, entre outros. Outras personalidades deste início foram a repórter Cidinha Campos, com matérias-denúncias; Ibrahim Sued, apresentando a sua coluna dominical com seu clássicos bordões: ”Sorry, periferia“; ”Bomba! Bomba!“; e a inesquecível Zebrinha dando os diagnóstico da loteria esportiva enquanto falava com Léo Batista. Era e é “Fantástico - O Show da Vida”.

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